Um Conto de Fadas corresponde em inglês Fairy Tale, em francês Conte de Fée, em Alemão Märchen e em Sueco Saga – esta última já me soa semelhante ao sinónimo da palavra em português…Este termo define-se como sendo um tipo de histórias que incluem personagens folclóricas – o Príncipe, claro! – normalmente com ocasiões de magia e encantamentos – o casamento/namoro – frequentemente envolvendo uma sequência de eventos rebuscados e enganadores – e viveram felizes para sempre…
Uma das definições de Príncipe Encantado diz o seguinte: personagem dos contos de fadas, ele vem salvar a dama em apuros, conseguindo vencer o mal, libertando-a do encantamento. Pfff! E mesmo assim, a dama em questão, não vê que ele é um sapo disfarçado…
Se fizermos uma Pesquisa no Google e escrevermos “encontrar o príncipe encantado”, obtemos um resultado assustador: mais de 3 milhões de mulheres estão nesta interminável busca e perguntam a mesma coisa. Helloooo! Meninas! Acordem!
O síndroma do Príncipe Encantado, mais as histórias de encantar que nos liam em crianças, a televisão e os filmes da Disney enganaram – e bem – muitas mulheres de várias gerações (eu inclusive).
As ilusões são só miragens. Por isso é que eu quando conto um Conto de Fadas à minha filha, não termino com o típico “…e viveram felizes para sempre!”, mas sim com um enfático e determinado “…e foram juntos ao Starbucks beber um Capuccino Tall!”. O resto deixo à imaginação dela.
Hmm... ainda não as convenci? Então que tal algumas dicas para saber distinguir quando encontrar o príncipe encantado ou o sapo?
- O príncipe não espera pelo dia de aniversário para dar prendas
- O príncipe ajuda a lavar a louça, a meter a roupa na máquina, a estender a roupa, a fazer o jantar, a ir ao supermercado, a…blá, blá, blá
- O príncipe não nos compara com a mãe dele, não é filhinho da mamã e não vai jantar todos os domingos a casa dos papás
- O príncipe dá-nos um cartão Gold para fazer uma comprinha básica…
Será que a nossa incessante demanda não está muitas vezes relacionada com problemas de autoconfiança e auto-estima? Já Eleanor Roosevelt dizia "No one can make you feel inferior without your consent.”
A baixa auto-estima influencia a qualidade de vida, a forma como nos relacionamos com os outros e com nós próprias.
E porque a imagem, as mulheres e a moda andam de mão dada, seguem algumas dicas Express para elevar a auto-estima de todas nós:
- Deixe de se comparar com as outras pessoas
- Não seja negativista em relação a si própria
- Rodeie-se de pessoas positivas e alegres
- Reconheça os seus atributos e qualidades
- Não ature atitudes negativistas que a deitem abaixo
- Ocupe-se de actividades e coisas que gosta
Esta última dica faz-me lembrar de alguns itens básicos mas valiosos capazes de elevar a auto-estima de qualquer mulher. São eles:
- Uma carteira Chanel 2.55 ou para alegrar a conta bancária, um clone
Blanco F/W 2010
- Uns Louboutin ou, para nos sentirmos nas nuvens, algo igualmente vertiginoso
Blanco F/W 2010
- Um LBD - seja qual for a marca - torna-nos instantâneamente chiques e elegantes
Zara F/W 2009
- Um casaco de pêlo (falso)
Motel Rocks F/W 2010
- Uma maquilhagem clean
A verdade é que não há homens perfeitos, mas sim sapos perfeitos ou perfeitos sapos (eu prefiro a primeira). A paixão e o amor são assim, inesperados e desenquadrados.
Promovo uma relação entre espécies - mulher/
homo sapiens e sapo/
bufo ictericus (coitado!)- que faria o próprio Darwin dar voltas no túmulo!
A verdade, verdadinha é que se me perguntassem se podia viver sem o seu sapo, eu respondia: "Poder, podia mas não era a mesma coisa..."
À bientôt
Cristina